Monday, January 24, 2011

Jardins de Kensington





Título: Jardins de Kensington
Autor: Rodrigo Fresán
Edição: Cavalo de Ferro

Sinopse:
«Ao longo de uma longa e delirante noite, Peter Hook, famoso autor de livros infantis, narra a história da sua vida, marcada pelos pais – um cantor de rock e uma mãe aristocrata e hippie – e por uma insólita infância passada na psicadélica Londres dos anos 60, entre personagens como Bob Dylan, John Lennon e Kubrick. Uma Londres de sonho que cedo se transforma num pesadelo, com a morte prematura do seu irmão mais novo e dos pais. A partir desse momento, Hook refugia-se no mundo mágico de Peter Pan e desenvolve uma obsessão pelo seu criador, o escritor J. M. Barrie, confundindo a sua própria biografia com a deste, numa narrativa de sonho, literatura, rock, e pelo meio o personagem Peter Pan, de quem Hook diz conhecer a verdadeira história.»
A primeira coisa a dizer sobre Jardins de Kensington é que deveria haver um decreto-lei que tornasse obrigatória a leitura deste livro. Com um ritmo narrativo alucinante, Fresán é um verdadeiro mestre da palavra, criando imagens e passagens de rara beleza. É notória - e também notável - a exaustiva pesquisa elaborada por este argentino para criar esta obra magnífica. Cada página deste livro é como um requintado doce de colher que deve ser consumido lentamente, deixando as palavras derreterem devagarinho na boca para prolongar ao máximo o prazer.
Sendo a única obra de Fresán publicada em Portugal (até ao momento), Jardins de Kensington é um romance raro, daquele género de livro tão extraordinário que só surge uma vez em cada cem anos e é, seguramente, um dos melhores livros que li em toda a minha vida e, porque não, um dos melhores alguma vez escritos e que ainda não passaram pela mesa-de-cabeceira.
Numa escala de 0 a 20, este merece sem dúvida alguma um 21.

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